domingo, 8 de setembro de 2013

Mortes Utópicas

No repente, do nada, morre lentamente,
Nos grilhões do peito assassino, a utopia,
A dor lancinante e extensa, não esfria,
Só não sei, se doí mais, dentro da gente,
Quando morre a flor, a folha e a semente,
Ou saber da falta que fará algum dia...

terça-feira, 17 de maio de 2011

Quem sou eu?


Não sei,
Tentei me achar no contrato,
De duração desconhecida,
Que assinei com o criador,
E ainda, nem sei bem quem é,
Mas não tinha nada especificado,
Fiquei um tanto mortificado,
Com essas novas descobertas,
Pois só tinham letras encobertas,
Nas notas de Rodapé...

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Vias urbanas


Dentro de um ônibus lotado,
Vejo a moça na parada,
Não sei se invejo ela pela longa espera,
Ou ela que inveja a mim, dentro dessa lata apertada.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Morrente


 
Aprendi a morrer numa noite de Setembro,
Quem ousaria morrer numa noite dessas?
Ainda mais, diante daqueles olhos brilhantes,
Iluminam a vida, como bem lembro...
Depois daquela noite de setembro,
Nada mais seria como antes...

Mas meus olhos fecharam junto com a porta,
Depois de uma olhada fatal, foi embora,
Tudo passou a ser como se nada existisse,
Minha alma, coitada, tombou, já morta,
Era como se aquela maldita porta,
Ingrata, nunca mais se abrisse...

Aprendi a nascer numa noite de Novembro,
O sopro de vida nova adentrou minh’alma,
Reiniciando o velho, parado, coração,
E agora, já nem mais lembro,
Quantas vezes, depois daquele Novembro,
Renasci em teus braços desde então...

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Contos de fadas

Um dia, depois de tanta espera,
E com o peito quase tapera,
A Princesa tomou uma decisão,
Para acalmar seu sofrido coração,
Já há muitos anos, desesperado,
Desistiu do Príncipe encantado,
E casou-se com o Dragão...

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Escombros

Peguei minhas armas,
Cobri com meus carmas,
E coloquei sobre os ombros,
Da minha guerra perdida,
Em que apostei a própria vida,
E fiquei só com os meus assombros.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Quando

Quando a morte nos encontrar,
No mundo em qualquer canto,
Não vai nos surpreender tanto,
Estaremos felizes da Vida,
Mesmo que, na jornada comprida,
O mundo tenha perdido seu encanto.
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